Garantindo a segurança do trabalho

P/1 - Bom dia, Anderson. R/1 - Bom dia. P/1 - Você poderia falar seu nome completo, data e local de nascimento? R/1 - Meu nome é Anderson Cavalcante Reis. Eu nasci em Belo Horizonte no dia 01/10/1971. P/1 - E, Anderson, há quantos anos você trabalha na Companhia? R/1 - Eu estou na Companhia...Continuar leitura

P/1 - Bom dia, Anderson.

R/1 - Bom dia.

P/1 - Você poderia falar seu nome completo, data e local de nascimento?

R/1 - Meu nome é Anderson Cavalcante Reis. Eu nasci em Belo Horizonte no dia 01/10/1971.

P/1 - E, Anderson, há quantos anos você trabalha na Companhia?

R/1 - Eu estou na Companhia há um ano e meio.

P/1 - Um ano e meio? E como foi que você entrou? Você fez um concursO? como é que foi ?

R/1 - Eu entrei acho que após três processos seletivos, é muito difícil entrar na Companhia. Exige bastante de cada um que está aqui. Você tem que estar na Companhia porque você quer. Porque a AmBev, a partir do momento que você entra, você tem que se dedicar, sempre, sempre, sempre. Sonhar grande e impossível, isso faz parte do nosso dia-a-dia.

P/1 - E qual a sua função?

R/1 -Minha função, eu trabalho como técnico em segurança do trabalho. Eu trabalho aqui garantindo a saúde e integridade física dos trabalhadores. Acima de tudo dos trabalhadores, é o importante.

P/1 - E quando você entrou, seu cargo era esse, sua função?

R/1 -Sim, eu entrei nessa função.

P/1 - E você poderia falar um pouquinho mais desse seu dia-a-dia, como é isso?

R/1 -Ah, é ótimo, primeiro que eu faço o que eu gosto neste trabalho meu. E principalmente quando a gente feliz no que a gente faz, você obtém o sucesso bem mais rápido, fica bem mais curto o caminho pra você obter seu sucesso. Eu acho que eu entrei aqui como terceiro, eu entrei aqui pra ficar apenas noventa dias, e sabia do risco de ficar ou não na Companhia. Mas eles falaram “Pode ficar ou não pode.” Felei “Pô, então eu tenho potencial, tenho que acreditar naquilo que eu sei fazer”. E aí eu trabalhei de forma muito natural, não banquei nada, fiquei normal. Trabalhei bastante, igual trabalho hoje, desde o primeiro dia até hoje. E aí estou aqui até hoje na Companhia.

P/1 - E quando você entrou, você era terceiro?

R/1 -Eu entrei como terceiro.

P/1 - E você já conhecia pessoas que trabalhavam aqui, que eram funcionários da Companhia?

R/1 -Não, eu conhecia a AmBev por nome. Não conhecia a AmBev ... Alguém da AmBev, eu não ceonhecia. Eu também vim de uma empresa grande, e aí eu falei “ah, AmBev.” É uma empresa de nome no mercado. Falei, “é um desafio enorme, pra qualquer profissional”. Troquei o certo pelo duvidoso, e estou aqui até hoje. É loucura. E a AmBev é assim, a gente tem que sonhar grande e imposível, aquilo que sempre falam pra gente. E funciona. E isso é muito bom.

P/1 - Então você cuida da segurança dos funcionários?

R/1 -Sim, acima de tudo dos funcionários. Garantir primeiro: garantir a saúde e a integridade física dos trabalhadores. E segundo: estar mapeando e resolvendo os problemas relacionados às condições inseguras na fábrica, que está relacionado também à integridade física dos trabalhadores, são situações no ambiente de trabalho que podem desencadear acidentes. Então nós tempos que estar trabalhando de forma preventiva, acima de tudo. O trabalho nosso é mais preventivo.

P/1 - E como que é esse trabalho preventivo? Você podia me contar um pouquinho?

R/1 -O trabalho preventivo nada mais é do que antecipar os fatos, ou seja, se você tem uma situação de risco na área, e você conhece essa situação de risco, pô, você tem que primeiro... aqui na Companhia, nós temos gerenciador de manutenção,

_____ condição, registrar nesse gerenciador de manutenção, participar dar reuniões de PCM, que vai garantir que sejam tratadas essas condições inseguras nas áreas, que é uma prioridade da Companhia também. E assim a gente vai dando essa seqüência no processo do produtivo que a Companhia tem hoje.

P/1 - E quantos funcionários tem aqui ?

R/1 -Nós temos aqui, mais ou menos, em torno de 520. Um número grande, né? Próprios. Mais terceiros, deve estar em torno de 580.

P/1 - É grande.

R/1 -A Companhia, não porque é terceiro ou porque é próprio, ela preza a mesma segurança e igualdade pra todos. É por isso que eu estou aqui: pela igualdade. Eu acho que ela preza muito isso. Então eu vejo, porque o tratamento que nós temos para os funcionários prórpios são os mesmos que para terceiros, não existe diferença, ou seja, são os mesmos que pra vocês que estão hoje conosco. A preocupação nossa é igual pra todos. Não existe essa diferença. Porque você é terceiro ou porque você é próprio, em alguns lugares é comom você ver isso, e aqui já não tem, é igual pra todo mundo. Segurança aqui é nivelado pra todos, não existe diferença.

P/1 - E a fábrica aqui tem dois turnos?

R/1 -Nós trabalhamos com três turnos, praticamente direto, né? Tem só as trocas de turno, e aí vai direto, não pára. Não existe aquela pausa de troca de turno. Chega um, vai pra sala de troca de turno, faz a troca de turno, onde tem o lema de segurança, é falado sobre o andamento da linha, principalmente segurança, isso tem que ser falado todos os dias. Eles falam sobre o lema, lêem todos os tópicos do lema, comenta se houve alguma ocorrência na área, sobre incidente ou acidente na área, e aí quem fica né, é claro, pega o caderno, assina esse caderno, e volta pra linha. Aí começa o processo, a segunda jornada, assim de forma consecutiva.

P/1 - E a maioria das pessoas que trabalham aqui, moram aqui perto, em Jutuba, em Belo Horizonte?

R/1 -A maioria das pessoas “são” da região que... Juatuba, Mateus Leme, Azurita(?), Belo Horizonte também, bastante pessoas de Belo Horizonte. Mas a maioria é de Itaúna e Azurita. São as regiões.

P/1 - E quando você entrou, você entrou como terceiro, quer dizer, você estava nessa outra empresa, que estava contratando pessoas, ela já estava direcionada pra AmBev ou foi um acaso?

R/1 -Bom, no meu caso não foi acaso. Eu queria alguma coisa melhor pra mim. Aí eu fiquei sabendo da oportunidade, enviei um currículo via e-mail. Aí eles me convidaram pra participar do processo seletivo. Mas quando eu entrei, já tinham acontecido mais dois processos. Aí eu falei “Mas que empresa é essa que ninguém entra? Que desafio é esse que

esse pessoal esta colocando ? Vou lá, vou tentar”. E aí, AmBev é isso. A gente é muito espontâneo naquilo que você faz. Tem que ser muito objetivo, muito rápido. Funciona assim. As coisas giram muito rápido aqui na AmBev. Então a gente .. eles viram isso, acho que, as pessoas que estavam recrutando, são pessoas bem qualificadas também, enxergaram isso e eu vim pra cá. Comecei meu trabalho aí no final da semana (?) de 2004, que eu entrei como terceiro. Mas já sabendo que não podia ficar. Eles foram bem transparentes, eu achei bacana também a transparência no negócio. E aí, eu falei: “Não, vou ficar, cara, vou trabalhar”. Trabalhei muito, aí eles gostaram. Eu também, assim, trabalho de forma natural, eu não vou forçar nada a acontecer, porque depois daquilo eu vou ter que continuar, então você tem que continuar naquele ritmo que eu entrei até hoje. Não modifiquei nada, e aí, vai tocando o barco.

P/1 - E Anderson, você acha que pelo ritmo da Companhia, do jeito dela ser, não é todo mundo que consegue ficar, tem que ter um jeito de trabalho, tem que ser uma pessoa rápida, assim?

R/1 -Sim, a gente tem que ser muito pró-ativo. A AmBev fala isso. Eu aprendi muito aqui. Se você iniciar um trabalho, termine. Porque se a gente não terminar, você perde o foco. Você tem que trabalhar focado naquilo que você está fazendo. Começou, termina, começou, termina. E a gente aprende sim. É que, não é porque é AmBev, né, mas a gente está cada dia que passa aqui dentro aprendendo coisas novas, e lidar nessas situações também. Um dia, qualquer um de nós vai passar por isso, e faz parte do nosso dia-a-dia. Mas não é difícil assim. A AmBev é até prazeroso trabalhar. Eu trabalho por prazer aqui, eu gosto de trabalhar aqui.

P/1 - E ela incentiva os funcionários ?

R/1 -Ela incentiva e motiva os funcionários. Nós temos aqui, não só em questão de benefícios, mas o dia-a-dia nosso aqui é muito bom. Eles são bem flexíveis, né, a nossa gerência. Assim, todos eles, trabalham da mesma forma, você vê que é nivelado. Você tem seu banco de horas, mas você folga no seu banco de horas. Isso é muito respeitado. As férias aqui são trinta dias, no mínimo trinta dias. Então isso tudo agrega valores pra gente como empregado e vendo a Companhia de outra forma também. E isso já é um ganho pra gente, e em termos de qualidade de vida também, que é um período que você pode ficar com a sua família um tempo maior, que é um período de férias, acho que merecido por todos, e ela respeita muito isso. Isso ela respeita. Ela não tem aquele negócio de “Você vai tirar trinta dias de férias, só vai ficar quinze só.” Não, é trinta dias mesmo no mínimo. Eu nunca ouvi falar de menos de trinta dias de férias. Isso é bom.

P/1 - Isso é bom.

R/1 -O pessoal volta bem descansado.

P/1 - Anderson, quais as principais políticas da Companhia?

R/1 -Bom, ela preza primeiro a segurança das pessoas. Depois vem a qualidade do produto dela, depois vem a... segurança, qualidade e produtividade. A nossa produtividade está em último lugar, em termos da política da Companhia. Como eu falei início, a segurança das pessoas estará sempre em primeiro lugar. Depois vem a qualidade do produto, depois vem a sua produtividade. Nós, como técnicos da segurança ou membros da CIPA na Companhia, nós temos total autonomia de parar máquinas, equipamentos ... isso aí, como já aconteceu antes, de parar uma linha de produção, é uma coisa que em outras empresas não acontece, aqui é respeitado mesmo. Se não tem condição, o trabalhador está exposto a algum risco, você pode chegar e parar esse equipamento. Claro, comunicando aos responsáveis legais da Companhia. Primeira coisa, se tem risco de acidentar, pára mesmo, não tem esse negócio. Nós temos, assim, total autonomia, do gerente fabril, do gerente de segurança corporativa. E os treinamentos também, que nós sempre estamos participando fora aqui da Unidade, isso agrega muitos valores também, você passa a ter uma visão prevencionista muito maior do que você... o que a gente pensa aqui dentro, a gente vê lá fora,

nos treinamentos. Então, você trás aquela bagagem rica lá da fora pra dentro da Companhia. E isso ajuda bastante a gente no dia-a-dia. Passa a ter uma visão muito maior, bem mais aberta sobre o seu trabalho, que é um trabalho bem preventivo, né.

P/1 - E a Companhia também tem uma preocupação com a questão ambiental, né?

R/1 -Sim, claro. Onde nós estamos localizados hoje aqui, ao redor da fábrica, passa um rio, um ribeirão. Ela capta essa água no ribeirão, para seu uso interno, aqui pra fabricação do seu produto, mas ela é devolvida ao meio ambiente melhor do que foi captada. Tem uma preocupação muito grande em relação a isso, do que ela está pegando da natureza e devolvendo. Isso a área de meio ambiente nossa aqui, ela é bem rígida, no quesito de descarte, tudo isso com eles lá, eles não permitem. Eles tem um descarte lá, a ETE, tem que ser comunicado, tem todo um procedimento. E isso é cumprido. Acho que as pessoas que estão aqui... através de seus padrões, que a Companhia tem, ela trabalha com padrões internos, então tudo isso já vem nesses padrões, nós seguimos essa linha, pra todo mundo chegar no objetivo lá na frente sem acidentes, sem problema nenhum pra Companhia. Ela preza, ela é uma Companhia diferente, como eu falo, aqui as nossas metas são totalmente coletivas. Não é aquela Companhia na fora que tem sua meta individual, cada um fez a sua parte e pronto. “Você a sua, eu não fiz a minha, e você fica com dez”. A Companhia, através do PEF, que é o premio de excelência fabril, ela busca unir todos os setores,

ou seja, seria mesmo uma globalização, né, todo mundo junto aqui buscando um só objetivo. E todo mundo tem sua meta. Todo mundo ia medir (?) através das suas metas. Então, igual você perguntou sobre o descarte, né? A gente tem que tomar todo o cuidado. As pessoas que trabalham na operação, que manuseiam os produtos químicos, como que vai descartar esse produto. Então, tem que ser comunicado, tem todo o procedimento do pessoal da ETEI.

P/1 - Tudo muito controlado.

R/1 -Muito controlado. Todo mundo fala assim: “AmBev, falamos uma língua só.” A gente sabe mais ou menos o que o outro faz. Isso é importante. Não existe aquilo: “ah, você tem a sua atividade, eu tenho a minha, e você não precisa saber da minha porque eu tenho medo de você ficar no meu lugar”. Pelo contrário, a gente tem o maior prazer de passar pras pessoas o que nós fazemos, qual a nossa atividade diária, da mesma forma outro setor. A gente aprende assim. Porque é comum uma pessoa de uma área passar pra outra, por uma questão de promoção, ou por uma questão, sei lá, do cara querer mesmo, se identificar melhor com aquele setor, tem essa oportunidade também. Não quer dizer que você estando na Companhia hoje como técnico de segurança vai ficar a vida toda como técnico de segurança, pelo contrário, ela dá muita oportunidade de crescimento pras pessoas. Isso é muito bom. Crescimento aqui, a gente cresce muito rápido.

P/1 - Anderson, quais os principais ... quais os produtos de fabricação aqui?

R/1 -Bom, aqui nós trabalhamos com a linha de retornáveis, com: Brahama, Skol, e Antarctica e Original. E temos uma linha de latas também, que é uma linha mista, onde roda cerveja e refri. São nossos “top” de linha aqui (?).

P/1 - Pela AmBev ser uma Companhia imensa, ela é uma grande Companhia, como que é isso pras pessoa que te conhecem? Elas querem saber como funciona?

R/1 -Olha, essa foi uma pergunta interessante. Como que funciona hoje a AmBev? Ela se preocupa tanto, voltando à área de segurança, com as pessoas, que nós realizamos aqui, a cada dois meses, uma visita de familiares na fábrica. As pessoas querem saber como é o ambiente de trabalho na Amebv, como é fabricado o produto, como que é envasado o produto. E aí, nessa visita de familiares, claro, geralmente, funciona assim, as pessoas que fazem aniversário no mês, por exemplo, mês de maio e junho, tá? Pega essas pessoas, faz-se um sorteio -claro, que e a gente não tem condição de receber todos – é um sorteio bem democrático, e convida. As pessoas que fazem aniversário e trabalham na fábrica, podem convidar seus parentes, pra visitar a fábrica. Eles vêem, vêem, visitam a fábrica. Tem uma festinha de aniversário também. Só que o seguinte, nós vamos visitar toda a fábrica. Nós vamos começar da área de meio ambiente, até ... área de meio ambiente, início de processo de fabricação da cerveja, envasamento dessa cerveja, área de manutenção. A gente leva o familiar em toda a fábrica, pra conhecer mesmo a fundo a fábrica. Pra entender o processo. É muito transparente, aqui na AmBev, é muito clara as coisas. E as pessoas, sempre que saem daqui, saem encantadas. Depois dessa visita na fábrica, tem uma confraternização na nossa área de lazer, que é uma festinha, né. Não só os aniversariantes, mas todos os colegas acabam vindo, interagindo. Sempre uma festa. Sempre uma alegria muito grande.

P/1 - E essa preocupação que tem de segurança com os funcionários, tem também toda uma preocupação com essas visitas, né?

R/1 -Sim. Por que nós trazemos os familiares aqui? Pra que eles possam entender, e mostra pra eles – o pai, a esposa, o filhos – que é importante: seu esposo, seu filho estiver usando EPI: Equipamento de Proteção Individual. Não ficar sem o óculos na área, não deixar de sar luivas. Porque, na parte de retornáveis, n´so temos vidro. E vidro corta. Se ficar sem luvas, sem óculos, o risco é muito grande de acidentar. Então, é uma forma que a Companhia adotou de mostrar também o outro lado. E é comum você sair do treinamento e a esposa, o filho falar: “Pai, usa a luva, usa o óculos. É perigoso.” Eu acho que eles têm essa noção. Eu acho que família é a base de tudo, né? Então a gente quer aproximar a família da empresa, e mostrar pra eles o que que a gente está fazendo aqui dentro, qual a atividade que você está exercendo aqui dentro. E de prazer, né, da pessoa mostrar pra família o que ele faz, com muito orgulho, seja qual for a função exercida aqui dentro.

P/1 - Anderson, e nesse seu tempo de Companhia, você lembra de alguma coisa que tenha acontecido, algum fato engraçado, ou com você ou com algum colega, que chamou a sua atenção?

R/1 -Ah, teve sim. Acho que quando eu estava aqui há menos de um ano de Companhia, eu tive um problema numa linha, e eu tive que parar essa linha. E foi uma decisão difícil, porque eu outras empresas você fala em parar a linha de produção, obviamente que é demissão. Mas eu falei:

“Não, vou parar, não tem condição.” E falei: “ó, parar. Se mandar embora, fiz meu trabalho, estou consciente daquilo que eu fiz”. Prefiro fazer assim, não ser omisso nem negligente, do que deixar de fazer. Falei: “Vou parar”. Parei, esperei dar manutenção, colocar as proteções, só saí do posto de trabalho após a máquina 100%, aí eu afastei. Mas aí eu comuniquei toda a gerência, toda a supervisão, todo mundo que era de interesse. Isso realmente foi uma decisão difícil. Mas, é que a AmBev põe muito, né, na gente. A gente tem que ter audácia, coragem, sonhar grande e impossível, a gente ouve falar muito isso, e a gente faz isso no dia-a-dia sem perceber. E nesse desafio que a gente tem no dia-a-dia é que a você vai vendo, que você é capaz, que isso faz pare mesmo, que isso está na cultura da empresa, as pessoas acreditam mais no seu trabalho. Isso é importante, as pessoas acreditarem. A partir do momento que nosso colega acredita no nosso trabalho, eles vêem até a gente. É mais fácil. O trabalho seu fica mais fino, mais requintado. Isso é bem melhor.

P/1 - A AmBev, ela tomou essa decisão de estar resgatando a história dela, né. Está construindo um acervo, com coisas da Brahma, da Antarctica, da Skol, e está ouvindo os seus funcionários. Como é que você vê isso, você acha que isso é importante, qual a importância que tem?

R/1 -Olha, é engraçado. Essa fábrica é de 1971. E um dia desses, eu vi uns colegas nossos mexendo nos arquivos, né. Eu entrei no arquivo, e comecei a ler alguma coisa da AmBev. Pô, só tinha esse prédio, não existia Juatuba em si. Era mato, _______ terraplanagem aqui, aquela coisa toda. Pô, é bonito você ver o processo de construção da fábrica, é muito bonito, é uma coisa que até emociona. A gente que está começando aqui agora, a gente pensa “1971... como é que contruiram um prédio desse tamanho?” um prédio alto, grande, você entra lá dentro hoje é um prédio até bem luxuoso, confortável, pela época. Com elevador, tudo bacana. Falei: “Gente, isso aqui quando construíram devia ser um luxo, né?” Como hoje é, a AmBev, ela está sempre tocando e renovando, tanto seus equipamentos – a gente não tem quase nada obsoleto, é tudo moderno. E aí a gente vê a evolução, né. A gente vê recorte de jornais, essas coisas que você estava lendo lá em baixo, é muito interessante. Eu acho bacana fazer isso. É importante, você tem que saber a cultura e o passado de onde você está.Nós temos o nosso passado, por que não a empresa na qual trabalhamos? Então é interessante. È bonito você ver isso e entender o processo de evolução. Eu tive o prazer de ver esse acervo aqui embaixo de documentos, né, é muito bonito. Eu li muito. É até emocionante você ler aqui lá sobre história. Quantas pessoas que trabalharam aqui e já se aposentaram, ou às vezes não está aqui entre nós mais, mas contribuíram para o crescimento da Companhia. É muito bonito esse trabalho de vocês.

P/1 - Anderson, estamos chegando no finalzinho.

R/1 -Sim, claro.

P/1 - Você lembra de alguma coisa que você queria falar e eu não perguntei, de alguma história de você lembrou?

R/1 -Não, está ótimo. Bom, eu acho que a alegria que eu tive aqui, é uma história boa, eu acho que, quando meu contrato estava terminando, já tinha ficado noventa dias depois foi renovado mais trinta, e estava chegando, eu já sabia que esse era o prazo máximo. Aí que o gerente me chamou. “ah, foi acordado, acabou, acabou.” Aí, ele falou que eu seria efetivando. Isso aí foi uma alegria enorme. Cheguei em casa até pulando, batendo a cabeça no teto de alegria. Eu acho que é um desafio grande que eu tive aqui, eu não tinha esperança nenhuma de... esperança sim, acreditava que ia ficar, porque estava trabalhando na Companhia. Mas quando a pessoa te chama e reconhece o seu trabalho, nossa, é muito gratificante. Não tem dinheiro nenhum que paga isso, essa gratificação, da pessoa reconhecer o seu trabalho que foi bem feito. E foi um grande desafio, né. E não existia espaço, não existia vaga. Eles viram necessidade, e falaram “vamos ficar com o cara”. Eu acho que as pessoas na qual, desde o processo seletivo até quando houve a contratação, eles enxergaram bem isso aí. E até hoje, né, a gente trabalha usando o tranque reserva também. Isso aí faz parte. O combustível acabou, mas usa o tanque reserva, você tem que ter sempre uma sobra de energia. E a AmBev é isso. Mas compensa, eu acho recompensador.

P/1 - Isso, então, é um fato marcante nesse tempo em que você está aqui?

R/1 -Sim, claro, eu acho que é um desafio enorme, saber que você não ia ficar e ficou. Pô, e depois que você as pessoas trabalhando aqui, eu acho que... teve um ano, de noventa e quatro pra noventa e cinco, teve o PEF, que é o plano de excelência fabril, pô, eu aqui vendo o pessoal comemorando e pulando, na maior alegria, recebendo um bônus bom. Eu bati palma, aplaudi também. Mas logo em seguida, no outro ano, eu tive o prazer de estar lá também, junto com as pessoas, na mesma alegria, compartilhando, sendo funcionário da AmBev já. É muito bom. Dá orgulho de trabalhar na AmBev.

P/1 - Anderson, você quer deixar algum recado pra Companhia, pros seus colegas?

R/1 -Ah, eu vejo o seguinte, pros nossos colegas mesmo é evitar acidentes, não cometer o ato inseguro, usar todos os EPI’s, eu acho importante. A Companhia investe muito na área de segurança. E acreditando no potencial de cada um. O desejo dela é que cada um venha trabalhar e retorne, sem nenhuma lesão, sem nenhum acidente. As pessoas tem que se conscientizar sobre isso. Nós queremos muito chegar ao acidente zero, é nosso sonho. Estamos trabalhando duro pra isso, chegaremos lá. Ok.

P/1 - E, Anderson, o que você achou vir aqui conversar um pouquinho com a gente?

R/1 -Normal. Eu acho que eu trabalho muito com pessoas lá em baixo, é comum. A gente é muito, questionam muito a gente, o pessoal às vezes pergunta, no dia-a-dia da gente, é o que eu falei, como é a atividade da gente, que que a gente faz no dia-a-dia. Então, às vezes eu também vou pra área, eu pergunto muito pra eles: “vem cá, como é que você faz as suas atividade?”, “Por que que você faz assim?”. Eu também aprendo com eles. Eu sempre estou aprendendo, adoro aprender as coisas, eu estou aqui porque quero aprender. E isso, eles nos ensinam muito, a gente aprende muito, é uma troca de informação que no final desse funil é muito bom. Você já sabe chegar na área, já sabe porque que ele faz a atividade daquela forma, porque ele está fazendo daquele jeito, porque não está realizando, porque a máquina parou... Você já tem esses porquês na ponta da língua, você já não tem muita dúvida sobre o processo de trabalho. Ou às vezes eles estão com dificuldades também, eles vêm até a gente, a gente quando está com dificuldade recorre até a operação, supervisão, gerência. Mas é muito tranqüila a fábrica. Muito boa.

P/1 - Anderson, você quer falar mais alguma coisa?

R/1 -Não, “tá” ok.

P/1 - Então a gente te agradece. Obrigada.

R/1 -Obrigado a você.Recolher