Me chamo Natacha Pinheiro Santiago Almeida da Justa, 22 anos de idade, casada e estudante de Pedagogia na Universidade Federal do Acre.
Eu, uma menina tímida, com um bom humor e bastante esforçada desde os meus primeiros ensinos de educação, fui criada por meus pais Manoel Felício Santiago e Ma...Continuar leitura
Me chamo Natacha Pinheiro Santiago Almeida da Justa, 22 anos de idade, casada e estudante de Pedagogia na Universidade Federal do Acre.
Eu, uma menina tímida, com um bom humor e bastante esforçada desde os meus primeiros ensinos de educação, fui criada por meus pais Manoel Felício Santiago e Marluce de Lima Pinheiro Santigo, meus pais já bem avançados em idade quando me tiveram, não tive todo o suporte para meu ensino no colegial, mas o suficiente para que eu conseguisse ler e aprender de maneira adequada, eles sempre frisaram bastante a importância do estudo na vida de um indivíduo, então, sempre lutaram para me oferecer o melhor, para o meu empenho intelectual e físico na escola. Sempre amei brincar desde pequena de salinha de aula com as minhas amigas e minha irmã, rabiscávamos as paredes toda de giz, fingindo ser professoras de crianças, amava brincar de cozinha e boneca.
Ao chegar ao ensino fundamental e com uma certa demanda de atividades que eram ministradas pelos professores, tive bastante dificuldades de resolvê-las, pelas fato dos meus pais já serem avançados em idade e de não terem conseguido concluir o processo educativo todo, sempre resolvia minhas atividades no período da noite quando minha irmã mais velha conseguia um tempinho para me ajudar na conclusão dos trabalhos, às vezes fazia somente o que sabia nas atividades escolares; sempre me destaquei em sala pela minha letra, minhas professoras sempre me elogiavam por ter uma letra bonita e de fácil entendimento, lembro que meus pais sempre compravam aqueles cadernos de caligrafia e faziam preencher cada folha e eu amava também fazer aquilo.
Com cinco anos de idade comecei a frequentar o clubinho da igreja, que era dirigido pela mulher do pastor naquele momento, tive a melhor infância, com muitas recordações maravilhosas na igreja, na escola, no bairro e com os meus familiares. Com o passar dos anos, fui crescendo e me tornei professora de escola bíblica dominical aos domingos, e no sábado pela manhã, auxiliava com as crianças no clubinho da igreja, foi na minha adolescência, em torno de 14 anos de idade, eu já sabia qual faculdade iria cursar, Pedagogia, sempre fui muito envolvida nessa área desde cedo e sempre amei o que faço até hoje com as crianças, de certa forma tudo isso me levou a escolher e apaixonar ainda mais pelo curso.
Ao chegar ao ensino médio me deparei com um “mundo novo” e com novos desafios a serem traçados, um deles seria a conclusão do nível médio, como era algo totalmente diferente do ensino fundamental, pessoas novas, professores novos e mais perto da tão sonhada faculdade, e o medo de não passar no Enem só aumentava, mesmo concluindo o ensino médio não consegui ultrapassar a nota necessária para compor o número determinado de vagas e com isso o desespero veio, chorei bastante por um bom tempo, me sentindo culpada por não ter conseguido passar naquele momento, mas com o apoio da minha família e com medo de perder tempo “sem fazer nada” me inscrevi em alguma faculdades como Uninorte, Fameta e FAAO, onde, pela graça de Deus, consegui a pontuação necessária em todas;
Porém, só uma tinha o curso que eu tanto queria e foi justamente que escolhi, decidi ser estudante de Pedagogia na Fameta. Com dois anos cursando a faculdade, decidi transferir junto com uma grande amiga o curso de pedagogia para a tão sonhada Universidade Federal do Acre e novamente Deus permitiu que conseguíssemos, um sonho foi conquistado.
Ao chegar à UFAC me deparei com grandes desafios que precisavam ser alcançados, a metodologia utilizada na universidade anterior era e é totalmente diferente da metodologia usada na universidade atual, os outros professores eram mais solidários, tinham mais empatia pelos alunos, é claro que na universidade federal ainda existem aqueles que sabem de fato se colocar no lugar de um estudante, e por muitas vezes, até ajudam quando este não tem condições, e, mesmo alguns sendo mais rígidos, são totalmente humanos com os estudantes do curso no qual ministram aula; Lembro-me de uma vez em que um dos professores comprou todos os cachorros quentes de uma colega de aula e distribuiu pra sala inteira, comprou bananinha e empada para todos os alunos, com o intuito de ajudar aquelas meninas que vendiam algo para se sustentar nos períodos de aulas e ajudar aqueles que desejavam comer algo.
Os desafios nos fazem ser pessoas melhores e mais fortes para que possamos enfrentar os próximos. A faculdade trouxe grandes aprendizados para minha vida, não só acadêmica mas como minha vida pessoal também, e chegando na fase final da faculdade dia 09 de outubro de 2021 descobri que estava à espera do meu primeiro filho, o meu mais novo desafio conciliar o meu papel de estudante e mãe ao mesmo tempo, assim como já ouvi e vi relatos de professores que passaram por essa fase e ver colegas passar pelo mesmo desafio, com certeza me motiva ainda mais continuar e conseguir concluir essa etapa que é tão sonhada por mim e meus familiares.Recolher