Desde que me conheço por gente, eu adoro a ideia de ter animais perto de mim. Porém, acho que essa ideia brotou dentro de mim com a ajuda da Laica. Para a introdução dessa história, escolho contar algo que sempre ouvi dos meus avós, pois eles eram os donos do grande cão que habitava o nosso q...Continuar leitura
Desde que me conheço por gente, eu adoro a ideia de ter animais perto de mim. Porém, acho que essa ideia brotou dentro de mim com a ajuda da Laica. Para a introdução dessa história, escolho contar algo que sempre ouvi dos meus avós, pois eles eram os donos do grande cão que habitava o nosso quintal. Quando morávamos ainda com meus avós, meus pais na frente e meus avós no fundo, os mesmos resolveram ter um cachorro de porte grande que poderia crescer comigo, já haviam feito uma tentativa de trazer um Fila filhote para nossa casa, o que não deu certo, acabei mordida de leve. Devolveram e pegaram outra, a Laica segunda que se deu bem comigo, uma criança de 3 ou 4 anos. Desde então foi só alegria e a pequena cachorra, logo se tornou "o monstro" aos olhos de quem passava pela rua. Eu lembro muito bem de uma coisa, o portão que tem na casa da minha avó até hoje, tem uma grande abertura pra ver a rua, e eu e ela ficávamos lá, minha avó sempre me dizia que mesmo eu era pequena, eu não desgrudava da grande cachorra que eles tinham e nós duas (Laica e eu) ficávamos sempre no portão, olhando os carros passarem. É por esse relato da minha avó, que o título vem átona. Em palavras dela (minha avó), seguíamos plenas (Laica e eu) olhando pra rua um dia, quando um mulher começa a bater no portão chamando meus avós, quando minha avó aparece e começa a conversar com a mulher, a mesma enfatiza como poderiam deixar um cão daquele tamanho perto de uma criança tão pequena, é claro que minha avó explicava que éramos muito apegadas uma a outra desde a infância de ambas, mas claro, ninguém entendia. Uma coisa é certa, a Laica era enorme sim, mas tanto de corpo, como de coração. Contando essa história, me recordo de tantas memórias, que o choro vem, assim, como quem diz: "oi, vim te fazer sentir coisas boas através dessas lágrimas". Uma das memórias que me faz chorar mais é que ninguém ensinou a ela, mas a Laica aprendeu sozinha a dar a pata pra mim. Enfim, a morte dela quando eu tinha uns 10 anos, não tenho certeza, foi um choque completamente, pois eu vivia com ela todo dia, e ainda não sabia o que um câncer podia fazer, mas como tudo tem um ciclo, o dela tinha se encerrado e eu só tenho gratidão por todo sentimento que ela me fez criar. Eu sempre te amarei minha pequena/grande Laica.Recolher