Giulio Mayol, de pais italianos (Ernesto Mayol e Maria Caliope Prinzivalli), nasceu com nacionalidade italiana, no Cairo, Egito, em 16 de março de 1913. Seu pai, Ernesto, era gerente em uma usina de refinamento de açúcar e a família (esposa, três irmãs e Giulio) tinha uma vida abastada. Na a...Continuar leitura
Giulio Mayol, de pais italianos (Ernesto Mayol e Maria Caliope Prinzivalli), nasceu com nacionalidade italiana, no Cairo, Egito, em 16 de março de 1913.
Seu pai, Ernesto, era gerente em uma usina de refinamento de açúcar e a família (esposa, três irmãs e Giulio) tinha uma vida abastada.
Na adolescência estudou como interno em um colégio no Cairo. Aos 20 anos decidiu servir o exército e foi para Turim, na Itália.
Aos 23 anos voltou para o Egito e estudou engenharia têxtil. Aos 27 anos conheceu Clara Spada e depois de 6 meses de namoro casaram-se. Logo depois estourou a 2a Guerra Mundial e Giulio foi preso pelos ingleses (que estavam no Egito) e enviado para um campo de prisioneiros no Egito, pois a Itália estava do lado da Alemanha contra EUA e Inglaterra.
Nesse período, que durou quase quatro anos, a esposa Clara ficou morando na casa dos seus pais (Severina e Domenico Spada).
Ao termino da guerra, Giulio conheceu Raymond Picciotto que o convidou para trabalhar na sua fábrica de tecidos, onde Giulio demonstrou grande habilidade, tornando-se diretor da fábrica do Raymond e foi morar em Heliópolis, distrito da cidade do Cairo.
Em 1956, quando a situação política no Egito ficou conturbada, Giulio decidiu partir com a família (esposa e dois filhos, Renato e Ernesto) para o Brasil. E chegando a Nápoles, antes de seguir para Genova, de onde iria sair o navio para o Brasil, soube que 24 horas depois de deixar o Cairo, havia ocorrido uma revolução e confisco dos bens dos estrangeiros. Em São Paulo, procurou emprego na sua área
e, tendo sido aprovado pelo conde Francisco Matarazzo,
foi contratado para trabalhar como diretor geral das Indústrias Têxteis Francisco Matarazzo. Realizou diversas viagens de trabalho ao Exterior. Falava fluentemente italiano, francês e árabe. Aposentou-se aos 65 anos de idade, quando então começou a se dedicar à sua paixão, a pintura. Foi um homem religioso e de muita fé. Teve câncer de próstata aos 77 anos; foi operado e se curou. Veio a falecer em 25 de março de 1997, aos 84 anos de idade, poucas semanas após ser diagnosticado com câncer de bexiga, talvez em decorrência do seu trabalho com anilinas durante muitos anos. Foi para os filhos, um exemplo de uma vida reta, dedicada à família e ao trabalho. (Ver vídeo acessando o link a seguir:
https://www.youtube.com/watch?v=S7iFFc9azOc)Recolher