Dona Inocência era uma criança que gostava muito de festas, principalmente as de casamento, mas desde cedo aprendeu a ajudar seus pais trabalhando na roça. Filha de imigrantes espanhóis e a nona filha de dez irmãos, frequentou a escola até a 4ª série e ajudava sua mãe vendendo verduras...Continuar leitura
Dona Inocência era uma criança que gostava muito de festas, principalmente as de casamento, mas desde cedo aprendeu a ajudar seus pais trabalhando na roça.
Filha de imigrantes espanhóis e a nona filha de dez irmãos, frequentou a escola até a 4ª série e ajudava sua mãe vendendo verduras, junto com suas irmãs, pela cidade batendo de porta em porta.
Ela adorava brincar com suas irmãs de esconde-esconde, pega-pega, passa anel e fazia bonecas de espiga de milho. Levava uma vida simples, morava numa casa de barro e era muito feliz devido a liberdade que tinha no sítio.
Certo dia, suas irmãs mais velhas foram convidadas para uma festa de casamento num sítio vizinho. Mas como ela era pequena não podia ir. Então ela começou a chorar, pular, e pedir muito para sua mãe deixar. Tanto chorou, insistiu que acabou levando umas palmadas, e por fim sua mãe acabou a deixando ir. Foram de charrete e ela se divertiu muito naquela festa.
Da vida de muito trabalho no sítio e de idas e vindas às festas dos bairros, conheceu Júlio. Os dois se casaram e claro que não poderia faltar uma festa de casamento! Foi uma comemoração com muita diversão e foram servidos aos convidados diversos tipos de doces caseiros.
Os dois sempre trabalharam juntos na roça para educar e cuidar muito bem de seus cinco filhos. Passados mais de quarenta anos, ela precisou deixar a vida no campo após seu esposo partir desta Terra.
Como boa festeira que ainda é, adora reunir a família aos domingos para almoçarem juntos e para contar mais causos de sua vida para seus filhos, netos e bisnetos.Recolher