Nasci na Vila Histórica de Paranapiacaba, município de Santo André, Região Metropolitana de São Paulo, no sudeste do estado. Nasci em 02 de setembro de 1984 no município de Mauá - SP, mas foi por pouco, meus pais nascidos na Zona da Mata de Minas Gerais vieram em busca de trabalho, meu pai ch...Continuar leitura
Nasci na Vila Histórica de Paranapiacaba, município de Santo André, Região Metropolitana de São Paulo, no sudeste do estado. Nasci em 02 de setembro de 1984 no município de Mauá - SP, mas foi por pouco, meus pais nascidos na Zona da Mata de Minas Gerais vieram em busca de trabalho, meu pai chegou em março de 1978 e logo arrumou emprego na Rede Ferroviária Federal S.A como ajudante geral, minha mãe chegou no ano de 1981, inicialmente meu pai morou na casa de um tio, em frente ao Clube União Lyra Serrano, mais precisamente na casa de número X, e ao chegar minha mãe, se mudaram para um barracão de solteiros na Vila Velha, àquela época não havia a rigidez inglesa, e casais se juntavam lá em quartos que serviam como casa até se casarem e arrumarem suas casas de família. Minha mãe conta que neste local era mais seguro aguardar o marido chegar para após isso tomar banho, as paredes eram de madeira, então por precaução de não haver alguém bisbilhotando, faziam isso. Contou-me que, certo dia no ano de XXXX enquanto tomava banho, a resistência do chuveiro queimou, isso lhe causou um aborto. Se isso não tivesse acontecido, é muito provável que eu não existiria. Após então meu nascimento se mudaram para uma casa na Varanda Velha, na casa de número X, onde ficaram por 1 ano, logo se mudando para a Rua Fox x Rua Richewicz, na casa de número X. Permanecemos por lá até meu pai conseguir mudança para a Rua Campos Sales, 04 por indicação médica devido meus problemas de asma. Pouco antes de nos mudarmos para esta casa na Campos Sales, meus irmãos, Kenny Eduardo Lopes e Kevin Gabriel Lopes, nascidos em 22 de maio de 1989, completavam seus 3 anos de idade. Me lembro vagamente da infância nestas mudanças, mas me lembro de como eram as brincadeiras; vestiamos qualquer roupa, uma por cima da outra, boné, bermuda por cima da calça, pegávamos os brinquedos e espalhávamos pela sala. Me marcou muito um aquário com iluminação, bomba de ar, e um compartimento logo abaixo que tinha como enfeite um casco de tatu-galinha. Ao crescer um pouco mais me lembro de fazer aulas de violão, de meu pai comprar um aparelho de som da marca gradiente com o botão On/Off cor de laranja, quem não tinha um desse, tinha um de botão verde. Poucos anos adiante a febre era brincar de pega-pega ou esconde-esconde, juntávamos mais de 20 adolescentes e jovens nesta rua, que àquela época era chamda de rua dos boys (rua dos playboys), e inclusive pouco antes de eu crescer, minha mãe afirma que sofremos um certo preconceito, pois éramos a família de classe mais baixa que se mudou para essa rua onde moravam funcionários de estação. Na adolescência podíamos pular no quintal de quem bem entendíamos, as vezes exceto naquelas onde haviam cães grandes e ferozes demais, nenhum vizinho reclamava, entendiam que crianças e adolescentes devem brincar mesmo. Por alguns anos, mais adiante, no período 1998-2001 aproximadamente pessoas se mudavam deixando as casas vazias, então abríamos as janelas utilizando o interior destas casas como esconderijo. Nesse período a vila ficou muito largada. Até 1998 estudei em Paranapiacaba, e foi no fim deste ano que ao dar rolinho, no futebol, em Donizeti levei uma rasteira e tive fratura exposta no antebraço esquerdo, este foi o último ano até meados de 2003 ou 2004 sem ensino Médio na vila, então fomos todos dessa fase estudar no E.E.Dom José Gaspar em Ribeirão Pires, onde quase fui expulso no 2º ano, e também no 2º ano minha mãe me repetiu de ano, pois duvidei que ela faria isso se eu pegasse recuperação de janeiro. Foram os anos que mais me diverti na escola, não haviam muitos limites nas zoeiras, então jogávamos bola de árvore de natal recheadas de água e purpurina, já que o machismo faria os moleques ficarem com vergonha ao se sujarem. Outra era escrever numa folha alguma frase pornográfica e prender com um clipe nas costas dos outros, mas enfim, haja história para contar, então ficam essas duas como mais marcantes. Ao finalizar o ensino médio decidi ficar 1 ou 2 anos de folga de estudos e trabalhos, aliás, eu afirmava que não faria graduação. Porém, fui "forçado" a entrar no Programa de Jovens - Meio Ambiente e Integração Social, programa da Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo (Man and Biosphere - Unesco), no Núcleo de Educação Ecoprofissional - Paranapiacaba, destinado à jovens de zonas periurbanas, estudantes de escola pública, de 18 à 21 anos de idade. Fui lá, quase me arrastando para a entrevista, e passei, fui um dos selecionados para participar. Foi no primeiro ano de curso que surgiu a ideia do rato-pinto, uma das artes que assustam os espectadores. Nos primeiros meses dei muito trabalho, assumo, mas aos poucos comecei a gostar, afinal os temas sempre esbarravam em ecologia, e desde pequeno animais e plantas me atraiam a curiosidade. Aos poucos comecei a chegar mais cedo para ajudar montar data-show, sair mais tarde para fazer o mesmo e conversar com os profissionais organizadores do núcleo, a coordenadora Ruth Ferreira, os funcionários Leandro Wada, e Ingo Grantsau, e foi o contato com esses exelentes profissionais que me fez entrar na graduação de Ciências Biológicas no ano de 2006 na extinta Universidade do Grande ABC (UniABC, em Utinga). Tive dificuldade nas matérias do primeiro semestre, pegando dependência em matemática, no segundo semestre genética e bioestatísca. Por incrível que pareça eu gosto das matérias, só não gosto de executá-las. Neste mesmo ano, em 15 de agosto, iniciei meu estágio de bacharel na Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo, faziam parte da equipe Rodrigo A.B.M. Victor (coordenador), equipe Associação Holística de Participação Comunitária Ecológica - AHPCE - Núcleo da Terra: Ondalva Serrano, Bely Pires, Vanessa Cordeiro, Marília Lima, Valdete Soares, e estágiários, estudantes de geografia: Alexandre Pontalti, Saulo Rocha. Noano de 2007 Alexandre e Saulo sairam para cursar o bacharel em Palmas - To, a partir daí fui o único estagiário até 15 de agosto de 2008, ficando 15 dias além disso para contribuir com uma reunião do Conselho de Gestão.
No ano de 2009 iniciei estágio no Jardim Botânico de Diadema, trabalhando juntamente com Luiz Hermínio, violeiro, amante da cultura caipira, arquiteto de formação, coordenador do Núcleo de Educação Ecoprofissional - Diadema. Permaneci neste estágio até o fim de 2009, quando não pude retornar no ano seguinte, pois havia acumulado DP na faculdade.
Em 2010 iniciei trabalho como prestador de serviço para a AHPCE, trabalhei como educador por alguns meses e nos últimos meses daquele curso no Parque Villa Lobos, no espaço Unitaú, com jovens da favela do Jaguaré, fui coordenador até a finalização. Este trabalho me rendeu um ingresso gratuito ao Cirque du Soleil, espetáculo Varekai, que foi uma das coisas que mais me impressionou na vida. No ano de 2011, no dia 1º de maio, me tornei associado da AHPCE.
Em 2011 iniciamos também o projeto PJAPA - Sistemas Agroflorestais para Jovens e Agricultores, financiado pelo Fundo Especial para o Meio Ambiente da Prefeitura de São Paulo, implantando recursos humanos e financeiros nas Áreas de Proteção Ambiental Capivari-Monos e Bororé-Colônia, e Núcleo de Educação Ecoprofissional - Parelheiros, situado na Anna Lapini. Foram 2 anos cansativos, pois a distância entre minha casa e o local de trabalho eram dois extremos das áreas urbanas. No segundo ano do projeto passei a ficar mais na Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, que ficava quase em frente ao Jardim Botânico, bem ao lado do Cientec da USP, mas a área foi vendida e a SAA transferida para um prédio ao lado do Teatro Municipal de São Paulo.
Após acabar esse projeto fiquei pouco meses na AHPCE que teve equipe, nome alterados. No início de 2014 fui chamado por Carlos Garcia, que foi funcionário do Núcleo de Educação Ecoprofiossional de Cajamar, e também foi coordenador do curso no VIlla Lobos à conhecer o CEFOPEA, espaço da ong Reciclázaro, situado à Ariston Azevedo, 10, bem ao lado da Marginal Tietê. Não comentei, mas nesses anos de relação com Sistemas Agroflorestais participei de formação de educador agroflorestal em Botucatu, de eventos de agroecologia em Araras, ingressei na Articulação Paulista de Agroecologia, e logo como suplente na representação da Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo, tendo Yara M. C. de Carvalho como titular. Yara, até o presente momento, 2017, é presidenta do Conselho de Gestão da RBCV em seu segundo mandato. Implantei juntamente com Eduardo Gelb, que mudou de trabalho, agroecologia no espaço do CEFOPEA, então um grande trabalho que conseguimos foi uma doação de 200 mudas de palmeiras jussara (Euterpe edulis) para inserir no espaço e doar à vizinhança, além de uma diversidade de Myrtaceae como cambuci, grumixama, cabeludinha, uvaia, etc, também para plantar no espaço. Logo finalizar o projeto de agroecologia solicitei que me demitissem, e obtive sucesso. Logo ao sair deste trabalho em regime CLT, em período de golpe jurídico-civíl-parlamentar-midiático, me arrisquei a viver somente do turismo, mas logo fui chamado à parceria em produção de mudas florestais da Mata Atlântica com mais dois amigos, também iniciamos a renovação do Instituto Natureza Brasil, fui convidado à vice-presidência, onde permaneço.Recolher