Eu, Jaime Prado hoje com 64 anos de vida casado a 35 anos com Helena Maria Antonio Prado, pai de uma filha Thaynara Fernanda Antonio Prado, e agora um Avó Coruja porque acabei de ganhar meu primeiro netinho o Bernardo hoje com apenas 21 dias de vida. Este menino caipira semi analfabeto, que veio d...Continuar leitura
Eu, Jaime Prado hoje com 64 anos de vida casado a 35 anos com Helena Maria Antonio Prado, pai de uma filha Thaynara Fernanda Antonio Prado, e agora um Avó Coruja porque acabei de ganhar meu primeiro netinho o Bernardo hoje com apenas 21 dias de vida. Este menino caipira semi analfabeto,
que veio da roça com apenas 15 anos de idade filho de pais analfabetos, e com muito orgulho trabalhando na roça
muitas vezes ás 03:30 da madrugada já estava no meio do cafezal derriçando café no período da colheita, eu tinha apenas uma certeza que a vida era difícil porque eu apenas era um menino e não conhecia a vida na cidade grande. Trabalho cansativo durante o dia e a noite ainda ia para a escola , retornava as 11:35, com o auxílio de uma velha bicicleta que muitas vezes quebrava geralmente no meu retorno, ai eu
e tinha que carregar nas costas mais ou menos uns 5 kilometros de distância da cidade até o sítio onde eu morava,e meus pais trabalhavam como meieiros, vida dura mas Deus sempre me abençoou junto com meus familiares papai, mamãe duas irmãs que também trabalhavam na roça. Um dia papai resolveu parar de trabalhar na lavoura e veio para a cidade de Bauru em 1968, e demorou para voltar porque estava trabalhando de servente de pedreiro em Bauru, um dia minha mãe me chamou e disse que eu precisava ver o que estava acontecendo com o meu Pai, ai me colocou no Trem da Companhia Paulista e sai de Junqueirópolis com destino a Bauru uma cidade grande que me encantou logo na chegada e quando eu desci do Trem fiquei quase perdido olhando aquela multidão de gente que ia e vinha, nos trens da Estrada de Ferro Noroeste, Sorocabana e Paulista a mesma que este menino desceu aqui em Bauru. Sai para procurar meu destino até Vila Santa Terezinha em Aimorés, que ficava ao lado do Hospital Aimorés de Bauru, foi realmente uma viagem que fui gravando na minha memória cada detalhe que hoje eu lembro com saudades daquele tempo que não volta nunca, nunca mais eu tinha apenas 14 para 15 anos de idade, e foi a primeira vez que eu conhecer o antigo Asilo-Colonia Aimorés, onde eu entrei clandestinamente pelo meio do mato e sai atrás de um maravilhoso Campo de Futebol do Aimorés Futebol Clube, e vi três letras gravadas em um portão de ferro antigo A.F.C, gravei e registrei na minha mente e nunca mais eu esqueci mesmo depois de quase meio século eu ainda lembro do primeiro dia. Agora depois de 41 anos como funcionário servidor público eu me aposentei no dia 03/ 02/ 2017 depois de chegar aqui para trabalhar em 04/ 02/ 1976, sempre preservando a história que eu aprendi a gostar
amar e viver parte da minha vida por aqui, até ao ponto de fotografar mais de 34. 000 mil fotos na maioria em preto e branco. Aprendi que a História não tem cono ela tem seguidores e assim vou curtindo meus momentos de aposentadoria sem nunca esquecer as minhas origens de menino da roça.Recolher