Aos meus oito anos de idade, devido ao trabalho de minha mãe, tive de mudar de cidade pela primeira vez. Sai de São Paulo com destino a Brasília no começo do ano com uma ansiedade aterrorizante. Não sabia o que me esperava nessa próxima fase da minha vida.
La estava eu, em Brasília, sobrevive...Continuar leitura
Aos meus oito anos de idade, devido ao trabalho de minha mãe, tive de mudar de cidade pela primeira vez. Sai de São Paulo com destino a Brasília no começo do ano com uma ansiedade aterrorizante. Não sabia o que me esperava nessa próxima fase da minha vida.
La estava eu, em Brasília, sobrevivendo a um calor absurdo e indo para meu primeiro dia na escola nova. Sem conhecer absolutamente ninguém resolvi ficar sozinha durante todo o dia por medo de ser rejeitada pelas crianças que me cercavam. Olhando para multidão que corria nos corredores no intervalo, como toda criança, quis brincar. Me aproximei de um grupo de meninas trocando adesivos em uma pequena mesa de madeira para tentar fazer alguma amizade. Elas me acolheram.
Estava tudo indo bem, até quando uma das meninas me pediu para dar uma olhada num adesivo em sua mão. Me curvei sobre a mesa em que estávamos e apreciei a pequena figura até que resolvi sentar na minha cadeira novamente. Mal percebi que enquanto sentava minha cadeira tinha sido removida por um menino mais velho. Cai no chão e senti uma dor enorme, mas quando olhei em volta todos riam de mim e a dor física foi escondida pela dor que a vergonha me proporcionava naquele momento.
O resto do dia foi curto, pois exigi que minha mãe viesse me buscar o mais rápido possível. Esse episódio foi um dos piores da minha vida, mas ao mesmo tempo foi quando conheci uma das minhas melhores amigas atuais, a Luiza que foi a única que me acudiu quando todos riram de mim. Desde então não me importo com qualquer tipo de bullying com a minha pessoa, pois o que quer que aconteça sempre terei alguém do meu lado para me ajudar.Recolher