Ao longo de nossa vida muitas coisas acontecem, eu sou cheia de histórias... guardo as minhas e as dos outros, em baú empoeirado e velho, este que vou abrir e resgatar a história da Tutti.
Eu sempre fui louca por animais, acho que foi algo tão marcante em minha vida, que minha mãe conta que m...Continuar leitura
Ao longo de nossa vida muitas coisas acontecem, eu sou cheia de histórias... guardo as minhas e as dos outros, em baú empoeirado e velho, este que vou abrir e resgatar a história da Tutti.
Eu sempre fui louca por animais, acho que foi algo tão marcante em minha vida, que minha mãe conta que meu avó me deu uma maritaca assim que nasci, reza a lenda que
por esse motivo eu cresci tão escandalosa! Para cada idade eu me lembro de um bichinho de estimação. Tive cachorros, pássaros (hoje eu não tenho e sou contra pássaros em gaiolas), peixes e até um cabrito que eu chamava de Kiko. Conforme o tempo foi passando meu interesse por animais foi aumentando, mas cada perda de um bichinho meu coração se despedaçava e eu jurava nunca mais adotar nenhum.
Em 2008 ganhei um cachorro, não queria de jeito nenhum... Parecia que estava adivinhando o que viria acontecer. Esse cachorro era muito levado, comia tudo o que encontrava pela frente, rasgava lixo e cavava todo o quintal, eu o chamava Milu, em referência ao cachorrinho do Tin-Tin. O fim de Milu foi trágico, morreu envenenado,algum vizinho ruim e bandido, jogou um saco de lixo com um gato morto (envenenado) no quintal, o Milu curioso que era, rasgou o lixo e ingeriu algo,
mesmo levando-o ao veterinários, não foi possível salvá-lo... Mais uma vez, fiquei despedaçada. Chorei tanto, jurei que não adotaria mais nenhum animal.
Mas... Eu voltava da faculdade de ônibus, certo dia percebi que alguns cachorros me seguiam, foram até o meu portão. Estavam brincando e correndo, eu chamava-os "gangue dos cachorros", pois até líder havia entre eles, não era qualquer um não, era A LÍDER, uma cadela. Percebi que ela estava prenha, fiquei com pena, mas não podia fazer nada por ela, a não ser alimentá-la. E assim foi, ela me chamava, latia e ficava esperando por comida. Foi assim por um tempo, até que vi que ela não poderia ficar na rua, sem proteção e ainda por cima, prenha. Resolvia ajudá-la, deixaria que a cadela, que chamei de Tutti, poderia ficar em casa até ganhar os filhotes. Mas um belo dia, a Tutti sumiu...Fiquei desesperada, lá vinha sofrimento. Mas a Tutti retornou e sem os filhotes, estava toda machucada e com febre.
Eu não preciso nem falar né, pois essa cadelinha já tinha ganhado meu amor, eu então fui cuidar de suas feridas e prometi que cuidaria dela para sempre.
A Tutti já está uma jovem senhora, com seus nove anos bem vividos... Eu fico feliz e agradecida por ter sido "adotada" por um ser tão especial e puro!
Fica aí minha história e apelo, todos animais que estão na rua precisam de um lar, não compre animais, adote! E jamais abandone!Recolher