Minha história começa em Atibaia (SP), onde aprendemos a valorizar a cada sol, a cada aula uma nova experiência, aprender a nadar e subir à Pedra Grande. Na infância crescemos ouvindo cada estória de Monteiro Lobato, acompanhado com cada gibi da Turma da Mônica regado as músicas dos anos 198...Continuar leitura
Minha história começa em Atibaia (SP), onde aprendemos a valorizar a cada sol, a cada aula uma nova experiência, aprender a nadar e subir à Pedra Grande. Na infância crescemos ouvindo cada estória de Monteiro Lobato, acompanhado com cada gibi da Turma da Mônica regado as músicas dos anos 1980 e 1990.
Meus pais sempre nos impulsionaram a viajar, a não temer o desconhecido e principalmente acreditar nos nossos sonhos. Em Atibaia, construímos amizades que até hoje nos acompanham nos momentos tristes e felizes há mais de vinte anos, são aqueles quem você pode desabafar, chorar, pedir apoio em um momento frágil; e hoje que vivemos relacionamentos tão líquidos me pergunto como será a construção das amizades das gerações futuras sem elo e com alta conexão espontânea e esporádica.
Minha casa sempre foi sinônimo de festas, encontros entre pessoas contando e construindo estórias da família com novos capítulos cercados de brincadeiras e músicas que traziam lembranças de dificuldades vividas por todos e superadas com união, já com os amigos do meu pai descobri com as fitas especiais regadas à Guns N’Roses e Legião Urbana.
Sempre vivi em uma casa cheia de contrastes, minha mãe sendo artista plástica, holística e arte-terapeuta, já o meu pai sendo um dos primeiros e pioneiros em análise de sistemas traz consigo na sua essência como um inovador desde a escolha dos seus projetos e sonhos até em como prover experiências únicas para todos da sua família.
O café da manhã é regado ao jornal do dia, por termos vivido muito tempo como expatriados, aprendemos a valorizar muito a nossa família, isso significa que sempre criamos tempo para estarmos juntos desde curtir uma nova exposição, um cinema com os queridos netos ou encontrar os primos em uma reunião familiar.
Neste meu caminhar aprendi a valorizar a amizade que é de extrema importância quando se é expatriada e como dizia uma amiga sul-africana “casa é aonde você está e vive”. Ao mesmo tempo, a rigidez e organização do suíço aprendi a disciplina da vida, já com o espanhol as nuances, festas e encontros regados a arte, a um bom debate e música folclórica de manifesto.
O ensinamento do meu casamento foi regado com as melhores jam sessions de jazz e compreender a jornada de um músico guitarrista, ao mesmo tempo, a cumplicidade e a sensação de família são momentos pífios aos comparados com movimentos de consumo como um todo. Trago comigo ainda a lembrança de esperar o ano novo no banheiro com medo dos tiros de celebração.
Fica aqui a dica: viva um país com todas as suas nuances positivas e negativas, explore e viva como um nativo, construa laços que traspassem a geografia e entenda que sempre haverá um por do sol para chamar de seu, uma música inesquecível, um momento a ser regado com todas as pluralidades culturais e quando pisar em um solo desconhecido, agradeça a oportunidade e respeite sua soberania!Recolher