Antes de mais nada vamos saber um pouco mais sobre a locomotiva 250.
A locomotiva “250” foi idealizada pelo engenheiro ponta-grossense Edwaldo Krüger e, com sua morte em 1936, foi concluída pelo seu filho Germano Krüger (que dá seu nome ao estádio de futebol do time “Operário Ferroviári...Continuar leitura
Antes de mais nada vamos saber um pouco mais sobre a locomotiva 250.
A locomotiva “250” foi idealizada pelo engenheiro ponta-grossense Edwaldo Krüger e, com sua morte em 1936, foi concluída pelo seu filho Germano Krüger (que dá seu nome ao estádio de futebol do time “Operário Ferroviário”).
Construída nos barracões da extinta rede ferroviária no bairro de Oficinas, originalmente era movida a vapor, tendo recebido apenas a caldeira de outra cidade. A maria-fumaça entrou em atividade em 1940 e puxava de seis a oito vagões lotados, trafegando em linhas regulares de composições mistas (passageiros e cargas).
Foi utilizada na construção da Estrada de Ferro Central do Paraná, que ligava Ponta Grossa a Apucarana, sendo substituída em 1972 por máquinas mais modernas, movidas a diesel, ou seja, mais potentes. A “250” permaneceu parada no pátio da Rede Ferroviária Federal que, com sua extinção, destinou os bens ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) que, por sua vez, passou a Maria Fumaça 250 para o município, através de comodato. Desde a década de 1990, encontra-se em exposição no Complexo Ambiental Governador Manoel Ribas, em frente à Casa da Memória Paraná, tornando-se um dos mais importantes monumentos turísticos do município, por guardar viva toda a história deste povo. Hoje a “Maria-Fumaça 250” é tombada pelo Conselho Municipal do Patrimônio Cultural do Município de Ponta Grossa - COMPAC.
Agora sim vamos lá.
Quando José Francisco Pavelec nasceu, a locomotiva 250, a velha Maria Fumaça, já puxava vagões mercantes no interior do Paraná. Hoje ele tem 66 anos e é um dos maiores ferreomodelistas do Brasil com mais de 20 mil peças no acervo particular. O risco de deterioração da locomotiva incentiva o colecionar a lutar pela preservação da história da ferrovia no Paraná. Além disso Pavelec fundou e é um dos representantes do Clube da Maria-Fumaça no Paraná.
A Maria-Fumaça e a Estação Saudade foram restauradas no governo Péricles de Mello (2001-2004), mas desde então são alvo da ação do tempo e de vândalos. A locomotiva, que está sem cobertura e à mercê da ferrugem, atrai crianças que sobem na cabine para brincar de maquinista, pichadores e até ladrões de peças.
Em fevereiro de 2013, Pavelec enviou um ofício ao prefeito Marcelo Rangel cobrando providências.Em junho deste mesmo ano, colocou uma faixa na locomotiva pedindo socorro à “peça rara”, mas a faixa foi retirada em poucos dias. “Meu médico já me disse para deixar de vir aqui porque eu fico muito triste”, comenta ele.
Em carta do IPHAN à Prefeitura Municipal de Ponta Grossa, o Instituto proprietário da maria-fumaça cobra providências sobre a preservação do bem, condicionando a permanência da mesma no município ao processo de restauro, uma vez que dois outros municípios têm interesse em restaurar a maria-fumaça e, fazendo-o, a máquina, que pertence atualmente ao acervo deste Instituto, passaria a pertencer à cidade a qual tomasse as devidas providências, retirando a locomotiva do seu local de criação e dando a ela o seu merecido valor histórico.Recolher