Era 18 horas do dia 01 de junho de 1962, dia de muito frio, vinha ao mundo por parto normal a menina Mara Luzia Comisso, filha do jovem casal José Maria Comisso e de Maria José Alves de Oliveira Comisso. Primogênita foi a alegria dos pais. Acostumava andar de bicicleta com seu pai Zé Maria na ca...Continuar leitura
Era 18 horas do dia 01 de junho de 1962, dia de muito frio, vinha ao mundo por parto normal a menina Mara Luzia Comisso, filha do jovem casal José Maria Comisso e de Maria José Alves de Oliveira Comisso. Primogênita foi a alegria dos pais. Acostumava andar de bicicleta com seu pai Zé Maria na cadeirinha na frente do papai.
A família aumentou com os filhos José Maria Comisso Filho e Maurício Dimas Comisso. Mara sempre foi uma menina muito comunicativa como toda geminiana. Sempre se destacava entre os alunos, com oratória clara e liderança, era aluna muito assidua, mesmo doente e com febre não deixa de ir à escola. Aos 10 anos era moça formada. Muito bonita gostava de fazer amizade com moças mais velhas. Morava em Santo Antonio de Posse, cidadezinha do interior paulista.
Era tradição aos domingos estar na Praça da Matriz, local onde se reuniam os jovens da cidade. Sempre acompanhada do pai ou da mãe, em um desses dias a mãe Dn Zezé se deparou com a Mara de mãos dadas com um rapaizinho, o que foi uma briga daquelas. Outra vez Mara deixou um bilhetinho na casa e disse que iria morar com suas amigas no Sítio do Lourenço Teixeira, mas as amigas logicamente não a levaram. Única menina da casa era o xodó do pai Zé Maria.
Com 14 anos Mara quis namorar, veio um rapaz lá em casa. O pai ficou irado e disse ; "Quer namorar, vai prar de estudar e daqui 6 meses vai se casar". Amante dos estudos, Mara esqueceu o namorado e decidiu estudar. Sempre gostou de estudar. No ano de 1974, Mara brigou muito com seu pai e ele depois de passado a braveza se arrependeu e lhe deu um presente, uma vitrola sonata, com o Disco da Vanusa, As manhas de Setembro. No ano seguinte de presente de aniversário ela quis que o pai ficasse sócio do Clube União Possense, foi a alegria de toda a família, enfim podiamos ir as piscinas e os eventos da cidade.
Nesta trajetória moramos inicialmente na r. Dr. Jorge Tibiriça 1.228, onde fica o primeiro edifício da cidade. Após moramos no Bairro Alto ( mesma rua), e ao lado da máquina de algodão. Por 4 meses moramos na Vila Bianchi, em Mogi Mirim, época em que as crianças ficaram doentes e o Tio Pedro Comisso veio de trem para nos ajudar. Moramos no Sítio barreiro por 06 meses, após na Casa da Praça da Matriz, em 1971 mudamos para nossa casa própria na Rua Joaquim de Barros Aranha no. 280, ao lado do Ginásio Santo Antonio.
Em 1975,foi vendida a casa e mudamos provisoriamente para a Rua Santo Antonio, passamos o Natal de 1975 nesta casa. Em março de 1976, iriamos morar na Rua Dr. Jorge Tibiriça no. 742, Centro. Neste ano Mara estava na 8o. série na Escola Mario Bianchi, e estudava no período noturno. Arrumou um paquera "Chocolate" e, levou uma surra do pai, pois todos os dias na esquina do Mercado Alice dava um beijo no namoradinho e a prima do pai Elpidia viu e disse : "Zé Maria a Mara estava beijando um preto na esquina". A família viria a sofrer com a separação dos pais.
Mara muito amadurecida foi trabalhar na Cooperativa Holambra, no Supermercado, se ativava em todas as funções do mercado, era repositora, cortava frios e neste período fez muitos amigos. Mara assumiu a responsabilidade com as economias da casa. Era uma moça vistosa, forte e sua marca era a simpatia. Concluiu o colegial no ano de 1979, formando-se em Técnica em Contabilidade. Vivia intensamente, no trabalho, na escola e vida social. Todos os finais de semana levava para casa as amigas da Holambra, entre elas Cidinha, Celina, Cory, Alexandrina.Como amiga mais chegada estava Sônia, Zezinha, Elisabete. Um dia Bete recortou as revistas e colaram fotografias em todo o quarto da Mara, ficou diferente e divertido. Nossa casa era bem alegre e festiva. Todos os anos montavamos árvores de Natal e sempre faziamos churrascos no Sítio do Zonzine. No ano de 1980, Mara veio a ter uma grande paixão, adotou sua música "Menino do Rio" e viveu intensamente este breve amor. Começou a trabalhar na Madeireira Holbras em Holambra, como escriturária e a fazer mais e mais amigos.
Em abril de 1981, iniciou o namoro com seu esposo e casou-se em 19/12/1981. Teve 2 filhos que lhe deram imensas alegrias Rodolfo e Mirian. Mesmo casada fez o curso de Magistério entre 1983 a 1985. Professora formada veio a conhecer uma das maiores paixões de sua vida, dar aulas para crianças. Começou dando aulas de substituições e depois assumiu como estagiária por 2 anos na Escola Santo Antonio. No ano de 1986, moravamos ao lado da Escola Santo Antonio quando o filhinho Rodolfo de apenas 02 aninhos deixou nossa casa e chegou na frente da escola chamando a mamãe. Ficamos todos atonitos. A cada dia Mara se apaixonava pela profissão escolhida, levava as crianças para sua casa, dava aulas gratuitas de reforço tirava piolho das crianças. No ano de 1989 nasceu nossa menina Mirian. Em 1990, ocorreu o divórcio, foi muito difícil para todos, muito sofrido para toda a família, Mara sofreu muito.
Dedicada foi aprovada no concurso de professor do estado e assumiu seu cargo na Escola Augusto Coelho. Neste período iniciou seus estudos na Faculdade de Ouro Fino/MG, curso de Geografia. Tentou ser feliz novamente com novo esposo. Infelizmente nos deixou em 21 de maio de 1992, em um triste acidente, deixando um legado de profissionalismo, amizade e muito amor. Amava muito a vida, amava demais seus filhos, amava demais seus pais e irmãos, amava demais as pessoas, amava demais as crianças, amava demais seus alunos. Viveu pouco, muito pouco, mas intensamente.Recolher