Eu sou Wecsley da Cunha Nepomuceno, mas o meu nome artístico é Wecsley Cunha. As pessoas me chamam de muitas coisas estranhas, mas os meus melhores amigos me chamam de Welsh. Tenho esse nome por causa de um jogador de Futebol do Botafogo. Nasci às 13h de uma quarta-feira, de 9 de agosto de 1978. ...Continuar leitura
Eu sou Wecsley da Cunha Nepomuceno, mas o meu nome artístico é Wecsley Cunha. As pessoas me chamam de muitas coisas estranhas, mas os meus melhores amigos me chamam de Welsh. Tenho esse nome por causa de um jogador de Futebol do Botafogo. Nasci às 13h de uma quarta-feira, de 9 de agosto de 1978. Desde cedo, sempre tive sede de liberdade. Sou claustrofóbico, mas adoro andar de elevador.
Família
Minha família é muito esquisita e, de tão esquisita, perdi um pouco o senso de família – acredito na que venho construindo hoje. Meu pai (já falecido) era viúvo e casou-se com a minha mãe, acho que dois anos antes de eu nascer. Minha mãe engravidou de gêmeos e perdeu os dois. Logo em seguida, eu nasci, e só aos seis anos passei a ter um irmão de pai e de mãe (já tinha seis por parte de pai).
Meu pai era só meu pai: era aposentado e tinha idade para ser meu avô. A pessoa mais bonita que conheci. Ele era cardíaco e vivia sendo internado no hospital de uma cidade vizinha (eu morava em Areia Branca, e Mossoró era onde tudo se resolvia). Assim, pude conviver com muita gente, “absorver” muito senso de responsabilidade desde cedo e também me tornar muito independente – apesar de que essa independência me trouxe conflitos ainda maiores na adolescência. Isto por eu ser muito decidido e teimoso também.
Sinto saudades da minha sobrinha Luiza, e de outra Luiza que cuidou de mim e do meu irmão. Até hoje sou fã dos Menudos, graças à Rosilda que, aos 13 anos, tomou conta de mim como uma mãe. E eu, que tinha seis anos, a ensinei a ler. Sinto saudades da madrinha Socorro, minha segunda mãe. Ela fazia todos os meus gostos e, por causa dela, faço qualquer coisa por uma boa porção de doce de goiaba em calda.
Meus irmãos por parte de pai: Maninho, Nilton Chico e Marli (falecidos); Nilsinho e Gracinha (vivos); e Luiz, irmão caçula e de pai e mãe.
Minha infância
Minha infância, mesmo que conturbada, foi muito bonita. Ao falar de mim assim, estou descobrindo que sempre tive um olhar muito mágico para o mundo, mesmo em situações muito complicadas. Fui muito discriminado, acho que nasci cedo para o meu tempo ou no lugar errado. Hoje, não convivo com mais ninguém da minha infância ou do início da minha adolescência. Às vezes fico muito só, lembrando dessas pessoas.
A rua em que eu morava era grande e larga: estacionavam ônibus, havia muitos pés de algaroba, tinha duas pousadas, um banco (que já foi cinema) e uma praça; próximos, uma discoteca, um hospital e a emissora de rádio. Era uma rua bastante movimentada, assim como minha casa. Passavam por dia, em casa, umas trinta pessoas, sem exagero nenhum.
Na minha casa, eu cuidava do meu pai e do meu irmão. Tinha uma mesa no terraço que virava circo e, no quintal, tinha um pé de graviola que dava lindos e saborosos frutos. Depois que me mudei para Natal, nunca mais consegui comer graviola.
Brincávamos muito de esconde-esconde, tica, biloca, polícia e ladrão, jogávamos dama, dominó e ludo.
Escolas
Estudei em uma escola chamada Pereira Carneiro. Foi minha primeira escola e lá estudei com a tia Lúcia. Não tenho grandes lembranças (eu era muito pequeno) mas, por causa de fotos, sei que o fardamento era um macacão cor de vinho com meu nome bordado.
Estudei também no Cônego Monte, uma escola muito legal – tinha uma merenda escolar maravilhosa.Recolher