Tudo começa há 17 anos, quando uma criança morena e dos cabelos louros encaracolados veio ao mundo inesperadamente: 'Eu'! Juliana Gonçalves da Silva, filha de Maria de Fátima Gonçalves da Silva e Aldison José Urcino. Pois bem, a história que irei contar é sobre eu mesma, apesar de ser uma p...Continuar leitura
Tudo começa há 17 anos, quando uma criança morena e dos cabelos louros encaracolados veio ao mundo inesperadamente: 'Eu'! Juliana Gonçalves da Silva, filha de Maria de Fátima Gonçalves da Silva e Aldison José Urcino. Pois bem, a história que irei contar é sobre eu mesma, apesar de ser uma pouco longa farei o máximo possível para resumi-la.
Então, nasci no dia 13 de fevereiro de 1998 em Taguatinga-Tocantins, e como disse, eu vim ao mundo inesperadamente, ou seja, não fui planejada para vir; minha mãe fora uma mulher frágil e que tinha alguns 'probleminhas' psíquicos e por esse motivo era incapaz de cuidar de uma bebê, ou seja, eu.
Pra entenderem a situação, atualmente sou órfã; recentemente perdi minha mãe e há muitos anos o meu pai se foi e infelizmente não tive a oportunidade de conhecê-lo, pois fui adotada com 1 ano e 9 meses e não lembro-me de sua fisionomia. Existe outro motivo pela qual meus pais biológicos não puderam ter a minha guarda, primeiramente, eles estavam separados, meu pai ameaçara matar eu e minha mãe, porém, ela por algum motivo que não sei, também queria matar-me.
Foram várias maneiras que fizeram-me sofrer, algumas delas foram: espancar-me, afogar-me em um tambor enorme com água e também fizeram-me andar quilômetros é mais quilômetros e quando eu já estava cansada pelo quanto já havia andando e então arrastavam-me até que os meus joelhos ferissem.
Uma mulher que por ali também morava, sentia pena e tristeza ao ver um criança de 10 meses sendo torturada, completamente torturada, 'lutou na justiça' para que eu fosse adotada e provar que minha mãe biológica não havia consciência de seus atos sobre uma bebê, e então para minha felicidade fui adotada aos quase 2 anos de idade por Dona Geralda; na época aos 35 anos e com 4 filhos pra cuidar, não pensou duas vezes e logo fui a mais nova integrante na família.
Muito bem recepcionada por seus filhos, marido, aos poucos eu ia me acostumando ao ambiente e sendo mimada pela mamãe, pelo papai e pelos meus irmãos. Sendo muito bem educada, aprendendo o certo e o errado e que fazer que o bem com nada em troca seria a minha melhor escolha. Desde pequenina tive que escolher qual seria minha religião, pois segundo mamãe,
seria importante para começar uma boa caminhada e então o Catolicismo me puxou com uma força que teve como resistir.
Eternamente grata serei aos meus pais, Maria de Fátima que no dia 31 de maio de 2014 veio falacer, infelizmente contraída pelo vírus HIV e Aldison José que por motivos inexplicáveis, foi assassinado com facadas nas costas. Eles são meus pequenos heróis! Por consequência do sofrimento que passei, hoje como recordações tenho traumas difíceis de serem superados, enfim, aprendi que na vida podemos sempre recomeçar e todos os dias acordo e peço a Deus para que sempre ilumine meus passos e conduza-me a uma vida sagrada.
Eternamente grata aos meus amigos que sempre me apoiam e aconselham o que pode ou não pode ser melhor para mim; aos meu pais e irmãos que me amam e fazem o possível e impossível para que eu tenha o melhor na minha vida. Obrigada ao professor de História, Edilson Rocha, por apresentar aos alunos o site Museu da Pessoa. ETERNAMENTE GRATA.Recolher