Depoente Maria José Alves da Silva. Idade 47 anos Data da entrevista 09/09/2014
Nasci em Marília no Estado de São Paulo e era muito bom, quando saí de lá para vir para Itapevi eu tinha seis anos e não me lembro de detalhes de onde morava, mas sei que era muito gostoso. Cheguei à cidade de I...Continuar leitura
Depoente Maria José Alves da Silva. Idade 47 anos Data da entrevista 09/09/2014
Nasci em Marília no Estado de São Paulo e era muito bom, quando saí de lá para vir para Itapevi eu tinha seis anos e não me lembro de detalhes de onde morava, mas sei que era muito gostoso. Cheguei à cidade de Itapevi no ano de 1975, há 40 anos e aqui não tinha luz e nem asfalto nas ruas, mas era legal porque a gente podia brincar bastante, aqui era uma grande fazenda. Mudamos para essa cidade porque meu pai comprou uma casa aqui e realizamos o “grande sonho da casa própria”. Quando chegamos no caminhão de mudança, era noite e não enxergávamos nem onde estávamos pisando, mas fiquei muito feliz porque ali eu estava indo para a minha casa, que meu pai comprou para colocar minha mãe, irmãos e eu para viver. E uma coisa que marcou bastante foi quando amanheceu e nós procuramos alguma casa perto e não tinha nada em volta a não ser mato e árvores e nós começamos a chorar e pedir para ir embora, mas meu pai falou que não, que essa era a nossa casa e que teríamos que ficar aqui.
Em Marília tinha luz, rua asfaltada, escola perto e aqui não tinha essas coisas, nem ônibus perto tinha! As escolas mais próximas que tinha
eram do “Raul Briquet” e o “Santo Antonio”. Eu estudei no Raul Briquet e era muito difícil o acesso, eu ia a pé porque não tinha ônibus, o único que tinha passava seis horas da manhã e seis horas da tarde, esse era um transporte de turismo e fazia a linha Itapevi/Tietê e era caro, bem caro. Tudo era surpresa para nós que estávamos acostumados com ônibus perto e com comodidade. Eu nem imaginava que aqui era assim, não tive tempo nem idade para imaginar, criar expectativas de como seria aqui, só pensei que ia ser igual a cidade que eu morava, mas com o passar do tempo fui gostando e me acostumando com Itapevi. A gente brincava de pega-pega, esconde-esconde, carrinho de rolimã e não tinha perigo de ficar fora de casa até tarde da noite. Depois as mudanças foram ocorrendo a partir do momento que chegou o asfalto, a luz, a água encanada, o comércio e a primeira escola (no bairro) “Maria Soares”. O ônibus também começou a passar perto e tudo foi ficando mais fácil.
Agora o que mais gosto desta cidade é o comércio, aqui tem tudo o que eu quero e não preciso ir para longe para fazer compras. Sou muito feliz aqui, porem gostaria que tivesse algumas mudanças, porque toda cidade precisa de mudanças e melhorias. O que gostaria que tivesse nesta cidade e que sinto muita falta são espaços para os jovens se distraírem e mais segurança para podermos sair na rua sem preocupação, como antigamente.
Eu gosto de Itapevi, foi aqui que cresci com minha família. Eu cresci com Itapevi.Recolher